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sexta-feira, 28 de março de 2014

VIDA - ANOS PASSAM

Há situações que passamos com o intuíto unico de paralisar-nos e nos fazer desistir, porém ao invés de aceitar o golpe do inimigo, e se deter por causa de uma meia dúzia de mentiras e traições aprenda a não mais se incomodar com essas espécies raras, que inevitavelmente sempre encontrarás por ai, inimigos da cruz, erga os olhos da terra, as cobras rastejam e poderás enxergar os grandes vínculos que fizeste, os grandes amigos que conquistaste, a grande verdade que vives, olhe para cima, e verás quantas pessoas fabulosas, humildes, doces e amigas ja passaram e fazem parte da sua vida; então alegre-se pois são seres malignos que realmente não gostam de ti.
Viva para Deus e o mundo te odiará!

Pra Raquel Fragoso

sábado, 9 de março de 2013

Reflexão da madrugada

Um jovem que luta contra a hipocrisia de uma sociedade capitalista, mas quase se perde para sempre!

Gadara era uma cidade extremamente capitalista, o materialismo , apego prevalecia, ali pais e filhos seguiam nesta genética fria e calculista, multiplicava-se pessoas com este pensamento e de forma grave perdia-se a essência humana.

Os frutos desta sociedade doentia, que se preocupa mais com o capital, com o poder financeiro e bens transparecia, quem ousava ter sentimentos logo se perdia, acabava enchendo-se de mágoas, tristezas, ofensas, rancor, ódio pois no ambiente capitalista o que prevalece é a moeda de troca, as posses, a simulação o ter e não o ser.

O jovem Gadareno, que talvez ousou pensar diferente, sentir, preferiu diante de tanta falsidade ir morar com os mortos, foi para os sepulcros, estes lhe pareciam mais sensatos, porque não suportava mais ser conivente com aquela sociedade hipócrita e fria, foi viver sem máscaras, já que não havia amor, respeito, relacionamentos, olho nos olhos, sinceridade ou real interesse no ser, era melhor já estar com os mortos, pois numa sociedade capitalista até o sorriso é um teatro.

A questão é,  na mente dele inicialmente o intento era justo, libertar-se daquele ambiente tão desleal, mas ele em sua solidão começou a desenvolver mágoas, tristezas, rancores, que habilitaram um mal na sua vida, ele que talvez inicialmente tinha todas as razões em suas reivindicações, alegações e entendimento, porque ressentiu-se do mal acabou tornando-se um covil de demônios.

Cazuza cantava "os heróis morreram de overdose, e os meus inimigos estão no poder", isto é se não soubermos saber lutar contra o mal que domina as pessoas, a maldade, hipocrisia, falsidade, índole traiçoeira acabamos utilizando as armas erradas na guerra, e somos tomados por sentimentos malignos, destrutivos que acabam sendo prejudiciais e ocorre isso acabamos morrendo de desgosto, dor ou overdose fugindo de uma realidade injusta, enquanto os malignos, corruptores e traiçoeiros continuam a viver com poder.

Preste atenção, talvez inicialmente quando resolvera romper com aquela sociedade hipócrita, capitalista, interesseira que alimentava somente seus porcos, ou seja seus interesses cobiçosos, sem pensar no próximo, ele até saiu como um jovem esperançoso, por amor, relacionamentos estáveis, humanos poderia ser um revolucionário, um rebelde que carregava em sua alma um bandeira de verdade, sonhos reais, vida sem máscara mas os sentimentos negativos que desenvolvera, talvez por mágoas diante de tantos esquemas, tanta manipulação, sordidez envolvendo dinheiro tudo que presenciou, gerou nele um sentimento que permitira entrar em seu coração, demônios.

"E CHEGARAM ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.
E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;
O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;
Marcos 5:1-3

Muitas vezes nos movemos baseando-se em verdades entretanto, precisamos avaliar e vigiar quanto aos nossos sentimento, pois embora as razões sejam corretas entretanto se permitimos o sentimento maligno entrar em nossos corações, nos tornamos vítimas de ações demoníacas, já que estas lutando sozinho contra um mal que tem vencido durante séculos as vidas.

No mundo capitalista, não há tempo para perder-se com o humano, não atendeu as expectativas, descarta-se, elimina-se, não rendeu corta-se, e aquele jovem acaba tornando-se um refém, um problema, não produzia rendas, não aderia aos esquemas, era um imprestável na visão humana, não ajuntava riquezas, e ele por sua vez insatisfeito com aquela sociedade interesseira, não se deixa engaiolar pelos dilemas, acaba tornando-se em seu sentimento revolucionador alguém indomável, ninguém conseguia amansá-lo, não conseguiam colocá-lo no esquadro, moldá-lo como sempre foi feito com todos os homens de Gadara. Escravos dos bens e posses.

Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar.
E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras. (Marcos 5:1-5)

Ele tinha ideais maiores, quando negara a ser mais um dominado pelo dinheiro, medido pelo status, valorizado pela posse,  manipulado pelo poder financeiro, avaliado pela aparência que ostentava e cercado por interesseiros; porém com todo seu ideal visionário, de não misturar-se, de não tornar-se mais um manipulado ele deixou-se dominar pelo mal, talvez o ódio entrou em sua alma, por verem  tantos homens compráveis e vendidos, e isso permitiu que muitos demônios tivessem lugar e espaço em sua vida.

"E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar." Marcos 5:13

Imagina quase dois mil demônios, habitavam naquele jovem gadareno, que tentara romper com aquela sociedade que via a posse como a razão de tudo, o que será que ele sofrera, para encher-se de tanto mal? Injustiças, desprezo, roubos, fraudes, traições? Não importa o mal que havia naquela sociedade, o problema foi que ele deixou o mal que havia neles deformá-lo, lutando contra o grande mal que via, acabou sendo vencido por ele:

Há uma frase que diz:

“quando enfrentamos monstros, devemos tomar cuidado para não nos convertermos neles!”

Tantas intempéries, desilusões, traições, decepções, amargores, destratos, humilhações, tantas acusações e falsidade ele presenciou em meio aquela sociedade gananciosa e fútil que a morte o alcançou, a maldade, hostilidade, miséria humana o atingira Nietzsche afirmava que quando olhamos para o “abismo”, ele também nos olha.

Aquele jovem estava insurgindo-se ou rebelando-se contra um mal que dominara aquela cidade desde sempre, mas ele acabou sendo vencido por ela, não conseguindo preservar-se interiormente devido a tanta injustiça, pela mágoa, ódio, obstinação foi tomado pela escuridão; porém em meio há tanta turbulência, e possessão, sua integridade e bom coração possibilitava que ele viesse á tona, instantes de lucidez permitiram que ele corresse ao encontro do seu milagre:

E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. "Marcos 5:1-6

Certamente aquele jovem vivia dominado pela angústia, por causa dos destratos e descartes por não ostentar e ter o interesse financeiro, e os demônios que nele habitavam alimentavam aquela alma aflita e decepcionada, sim o mal alimentava-o, aproveitando-se do seu repúdio mas deturpando os sentidos, porém aquele jovem sabia o que queria, buscava o verdadeiro amor, buscava a verdade, buscava o fim das máscaras, o fim dos sorrisos fingidos, o fim das simulações,  o valorizar da essência e não da aparência, buscava relacionamentos sinceros.
E quando Ele vê Jesus, ele ve tudo aquilo que ele anseia, tudo aquilo que ele espera, tudo que sua alma desejava e cria que podia existir, amor, sentimentos sinceros, verdade, justiça, paz, e este que era o indomável, pois não se submetia aquela sociedade, para ele ter dinheiro não era sinônimo de felicidade, para ele relacionar-se envolvia alma e sentimentos e não interesses, para ele as pessoas eram iguais independente de suas posses e por isso não precisava ficar vendido ou viver hipocritamente diante delas. Ele vê em Jesus a realização dos seus sonhos, e como era raro em sua cidade, ele enxerga um homem poderoso, despido dos valores mundanos, mas cheio dos valores eternos e sinceros, tudo aquilo que ele sempre sonhava encontrar e acreditava ser o certo, mas em seu habitat materialista nunca pode ser compreendido.
Os gadarenos tinham as mesmas características, e os seus filhos idem, eram materialistas, totalmente corruptíveis, valorizavam o que é perecível e hostilizavam o que é verdadeiro e eterno.
Alimentavam seus porcos, seus egos, seus interesses cobiçosos e se dispunham a tudo pelas suas ambições, não há regras para os gadarenos, o que importa é a renda.
Corrupção, fraude, roubo de posses, nada importa desde que haja multiplicação, dinheiro, posses esta é a regra básica, e seus filhos entendem muito bem, detalhe importante um gadareno gerava filhos nestes mesmos esquemas, logo um filho de gadareno não pode negar sua essência, pois é visível, ainda que intitulem-se ter outra paternidade, mas pelos atos são conhecidos, são corrompidos, manipuladores, gananciosos.
Diante do encontro daquele jovem com Jesus, todo o mal que há nele entra nos porcos, ou seja os bens são tocados, os donos dos porcos, encontram o jovem curado, limpo, estável mas como isso não é importante para eles, fazem uma arruaça pela cidade, ajuntando todos os gadarenos, todos aqueles que tem o mesmo coração capitalista, e estes vendo que tiveram perdas em seus bens, estes vendo que suas propriedades poderiam ser atingidas de alguma forma ou mais ainda, prontamente colocam Jesus para fora, afinal o importante para estes em seus corações gananciosos e corrupto é a posse financeira e material, alheia ao homem e a qualquer compromisso com a eternidade.
E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos porcos.
E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos."
Marcos 5:14-17

Os gadarenos não são espirituais, mas são carnais, apegados a dinheiro ou posses, não medem consequências para se darem bem, quem sair dos padrões apregoados de rentabilidade a qualquer custo, logo será expurgado, o próprio Jesus com sua Verdade, amor, Justiça não é desejado pois Sua Santa presença pode atrapalhar os negócios, sua Verdade pode afastar clientes, sua Justiça pode atrapalhar os esquemas de fraudes e corrupções, Sua Fidelidade atrapalharia os planos de traições, manipulações e perseguições.
Perceba um gadareno é um gadareno e seus filhos são e sempre serão seus filhos, os métodos assimilados desde a formação são os mesmos, um filho de um gadareno para deixar de ser, precisa nascer de novo, e recomeçar com Cristo simplesmente, tornando-se um filho de Deus.
Ou seja um filho de gadareno, sempre será um filho de gadareno a não ser que este venha a se converter, ainda que ele alegue ter outra filiação, porém o que ele herdou em sua essência de corrupção não se perdeu, e os seus métodos, trabalhos, meios de posse são os mesmos adquiridos na formação, ou seja com traições, manipulações, fraudes e corrupção.
O jovem que não estava naquele esquema, queria ir embora de Gadara, ele não tinha ligação com aquilo, seu coração não era dquela forma e por isso ele nunca foi aceito por eles, e sempre lutara contra e se afastara daquela estrutura, porém Jesus não permitiu que esse jovem o seguisse, mas que permanecesse ali, no meio dos gadarenos, e ali apregoasse a verdadeiro e eterno tesouro celestial, a glória de Deus, aquele jovem deveria ficar, para começando por sua família mostrar uma outra realidade diferente da tão apregoada que o dinheiro é mais importante que a humanidade, que as posses são os maiores bens de um homem, e que um homem deve ser avaliado pelo que tem em seu exterior e não pelo seu interior, as palavras daquele jovem que sempre viveu marginalizado, impressionou e maravilhou, ele falava de valores eternos, ele falava do reino dos céus, ele falava de Jesus, valor eterno, bem maior, ele falava com amor, vida e alegria de algo que estava acima do poder, do dinheiro e da fama. Ele era desprendido e limpo e isso impressionou a todos os ouvintes:

"E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o SENHOR te fez, e como teve misericórdia de ti.
E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam."
Marcos 5:18-20

Acordei com o Espírito Santo me falando assim: um filho de gadareno sempre será gadareno, sua essência é gananciosa, traiçoeira e corrupta ainda que neguem tal filiação seus frutos de corrupção falam por si.
Raquel Camargo Fragoso
Enviado por Raquel Camargo Fragoso em 09/03/2013
Código do texto: T4179129
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sábado, 16 de fevereiro de 2013

A hipocrisia no seio da Igreja


O Pecado da Hipocrisia At 4.32-5.11

Os crentes, movidos por amor cristão, vendiam seus imóveis espontaneamente. Faziam isto para distribuírem a importância apurada conforme a necessidade de cada um. Provavelmente, o dinheiro era trazido aos apóstolos num culto especial como ato de consagração. Barnabé, que era decerto um homem de bens e de influência, vendeu um campo e publicamente depositou seu valor em dinheiro aos pés dos apóstolos. Este ato de consagração despertou a admiração dos crentes. Talvez tenha havido durante aquele culto um derramamento poderoso do Espírito Santo. No meio daquele entusiasmo, Ananias e Safira venderam uma propriedade. Ananias entrou em acordo com sua mulher e reteve parte do preço, depositando o restante aos pés dos apóstolos.

Até ali, tudo havia sido glorioso na vida da igreja. Suas características típicas eram o amor fraternal, a bondade altruísta, a coragem heroica e a real devoção a Cristo. Não era, no entanto, nenhum Milênio espiritual. Satanás, longe de estar amarrado, trabalhava com vigor! Não conseguiu destruir a Igreja através das perseguições vindas de fora. Procurou, então, estragá-la por dentro, seduzindo alguns dos seus membros. Não conseguindo destruir o trigo, semeou seu joio (Mt 13.24-30). Suas primeiras vítimas, aliás indesculpáveis, foram Ananias e Safira. Daquele tempo para cá, a hipocrisia sempre tem seguido a realidade da religião como uma sombra negra.

I - Manifestada a Hipocrisia

Provavelmente os elementos principais do pecado de Ananias e Safira eram:

1. CobiçaComo no caso de Judas, o amor ao dinheiro foi a raiz do seu pecado, "porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males" (1 Tm 6.10). Cobiçavam honra e glória na igreja e ao mesmo tempo o dinheiro. Planejavam um meio termo: dariam parte do dinheiro para obter a glória de terem dado tudo, e ao mesmo tempo, guardariam parte para desfrutar dela em particular.

2. Falta de fé. A falta de fé está por detrás de quase todos os pecados do crente. Ananias pensava, decerto, que valia a pena fazer uma boa contribuição para o gloriosoreavivamento espiritual, uma obra contínua e sólida. Mas, o que aconteceria se o movimento chegasse ao fim? Já não haveria "fundo de garantia". Precisava evitar o fanatismo e garantir o dia de amanhã.

3. Desejo de honraO casal admirava o caráter genero­so de Barnabé. Mas passaram a cobiçar o alto conceito e louvor recebidos por ele, devido seu ato de abnegação. Os dois queriam receber o louvor que se dá aos heróis da fé, porém, sem esforços nem sacrifícios.

4. A hipocrisiaO desejo de parecer virtuoso sem pagar preço de ser - esta é a essência da hipocrisia. Literalmente, a palavra "hipócrita" originalmente queria dizer "ator". O hipócrita está sempre representando um papel que nada tem a ver com sua verdadeira personalidade. Quando Ananias trouxe o dinheiro, estava encenando uma mentira. Fingia estar contribuindo com a renda total da sua venda.

II - Detectada a Hipocrisia

1. Desmascarado o pecadoO Espírito Santo, habitan­do no meio da Igreja, detecta todo o pecado. Ananias es­colheu um lugar muito perigoso e uma época desfavorávelà pratica da hipocrisia. O divino Espírito de pureza, since­ridade e verdade tinha sido derramado em abundância. Portanto, era imediatamente reconhecido o espírito da falsidade e hipocrisia que, em tais circunstâncias, era ainda mais imperdoável. Num ambiente de tanta espiritualidade, havia pessoas dispostas à hipocrisia. O que aconteceria, então, em tempos mais difíceis se não condenassem este pecado? Pedro, mediante o dom do discernimento de espí­ritos, viu o que havia em Ananias. Ele não pertencia àquele ambiente espiritual. Pela inspiração divina, Pedro disse: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus". Notamos aqui o seguinte:

2. A origem do pecado"Por que encheu Satanás o teu coração?" Como na situação do cobiçoso Judas, Satanás derramava suas pecaminosas sugestões no coração de Ananias (cf. Jo 13.2). O diabo, no entanto, não pode entrar em nossa vida a não ser mediante permissão nossa. Por isso Pedro indagou: "Por quê?" - "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). Por isso, a responsabilidade do homem permanece: "Por que formaste este desígnio em teu coração?"

3. A falta de desculpas para o pecadoNão havia a obrigação de os crentes venderem suas propriedades e tra­zerem aos apóstolos os montantes apurados. Não fora abo­lido o direito da posse individual de bens. Ananias não teria violado nenhum preceito se tivesse conservado sua propri­edade. O ato de vender era da exclusiva responsabilidade do dono, bem como o ato de entregar aos apóstolos o di­nheiro recebido. Os apóstolos não possuíam autoridade sobre o dinheiro, a não ser quando o recebiam para o fundo de assistência. "Guardando-a não ficava para ti? E, vendi­da, não estava em teu poder? Por que formaste este desíg­nio em teu coração?" Ananias não podia alegar a existên­cia de alguma necessidade urgente, forçando-o a enganar, retendo parte da soma dedicada à igreja.

4. A natureza do pecado"Não mentiste aos homens, mas a Deus." Provavelmente, imaginava que estivesse lo­grando a Pedro, líder da igreja. Não entendia que o verda­deiro líder da igreja é o Espírito Santo, onisciente, que a tudo perscruta. A Igreja Primitiva se constituía de um gru­po sob a liderança do Espírito Santo (cf. At 8.29,39; 10.19; 13.2; 16.6,7).

III - Castigada a Hipocrisia

"E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou, e um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram".

1. O autor do julgamentoPedro, como porta-voz do Espírito Santo, denunciou o pecado que lhe fora revelado de modo sobrenatural. O Espírito Santo, doador da vida, confirmando as palavras de Pedro, retirou seu apoio do corpo de Ananias, que expirou.

2. A natureza do julgamentoPela narrativa, o casti­go parece ter sido apenas a morte física. O que se pode dizer, no entanto, do destino eterno de Ananias e Safira? A Palavra não o declara aqui, mas, outros trechos podem lançar luz sobre o assunto: 1 Co 11.30-32; 5.4,5; 3.15; 1 Jo 5.16,17.

3. A severidade do julgamentoEra severo. No entan­to, devemos considerar que o pecado foi cometido no meio de uma grande luz espiritual. Os dois tinham en­trado em contato com as mais extraordinárias manifes­tações do Espírito Santo. Estavam conscientes da pre­sença de um grande poder sobrenatural no seu meio. Embora Deus nem sempre castigue este pecado de uma forma tão imediata, severa e pública, fez deste casal um exemplo. Demonstrava que não seria tolerável a repetição da hipocrisia dos fariseus no meio dos cristãos. O registro deste incidente deveria ser suficiente para todos os séculos da história da Igreja.

4. O propósito do julgamento. "houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas Coisas". Na tenra infância do Cristianismo, era necessário que toda a corrupção fosse afastada do seu meio. O terrível castigo sobre Ananias e Safira ensinou a todos ser a Igreja uma instituição sagrada. Não seria tolerada a desonestidade em seu meio. Muitos dos que souberam do acontecimento tinham admiração pelo Cristianismo sem ousar se filiar a ele (v. 13). Ninguém, a não ser mediante conversão e trans­formação, iria se ajuntar a uma organização em que os hipócritas caíam mortos.

IV - Ensinamentos Práticos

1. Mentiras encenadas"Por que é que entre vós vos Concertastes...?" (v. 9) sugere que o pecado não era fruto de algum súbito impulso. Fora premeditado. Pior ainda, o pecado fora "encenado em palco", como uma peça teatral. Fizeram de conta que estavam dando tudo, quando, na realidade, entregavam apenas uma parte. Planejar e deliberadamente dar uma falsa impressão, por atos ou gestos, representa um mal maior do que a mentira falada.

2. Evite que o pecado germineTomás Kempis escre­veu: "Em primeiro lugar, chega à mente um simples pen­samento sobre o mal, então chega à mente uma forte im­pressão do mesmo, e, depois, o deleite no mal com o im­pulso de praticá-lo, e finalmente, o consentimento". Estas palavras descrevem o caráter gradual do pecado. Talvez um impulso generoso tenha levado Ananias e Safira a ven­der a propriedade. Ao verem o dinheiro em mãos, porém, é que o tentador conseguiu fazer seus corações encherem-se de ganância. Fazendo-a depois dominar seus pensamen­tos e atos. Ananias e Safira se deixaram encantar por Satanás. Deixaram seu amor a Deus ceder lugar à concupis­cência pelo ouro.

Houve, no entanto, um tempo em que tinham a possibi­lidade de resistir à tentação. E a lição que tiramos é: evite que o pecado germine. O pecado começa com um pensamento. É nesta altura que se trava a batalha decisiva contra o pecado. Devemos nos apegar firmemente à doutrina bí­blica de que o diabo pode ser resistido (Tg 4.7).

3. "Filho da exortação(ou "da consolação" - a pala­vra grega tem estes dois sentidos também no nome do Consolador). Em alto mar empregam-se dois tipos de fa­róis: um para advertir dos perigos e outro para mostrar o caminho certo. Ananias é farol de advertência; Barnabé, farol de orientação. Contrastam-se os dois tipos de "pleni­tude" em Atos 5.3 e 11.24.

Barnabé, após sua conversão, recebeu o nome de "filho da consolação". Seu novo nome evidenciava seu apoio generoso aos que estavam em dificuldades. Como ficou ilustrado nos casos de Saulo (At 9.26, 27) e de Marcos (At 15.39). Ao entregar seu dinheiro aos apóstolos, dava mais uma prova da sua disposição em dar seu tempo e talentos para ajudar aos irmãos. Utilizando seu dom de pregação, soube expressar em palavras a generosidade do seu cora­ção para exortar e consolar os crentes. Chegando em Antioquia, após o início do despertamento ali, "exortou a todos a que permanecessem no Senhor com propósito do coração. Porque era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé" (At 11.23,24).

Barnabé deve servir de exemplo para todos nós. Muitas coisas acontecem para levar os outros à derrota e ao desâ­nimo. Precisamos agir e falar em tais circunstâncias para sermos uma consolação e exortação ao nosso próximo.

4. Trigo e palhaSempre sobra alguma palha no meio do trigo. Mesmo após a debulha mais severa. Mesmo nas melhores igrejas ainda haverá crentes hipócritas e sem consagração. No Estado de Oklahoma, EUA, criaram uma sociedade secreta a fim de combater os ladrões de cavalos. Queriam proteger os cavalos e levar os ladrões à justiça mediante um esforço conjunto. Fracassou. Em pouco tem­po todo ladrão de cavalos daquela região se filiou à soci­edade!

Não se justifica a desculpa dos que não querem ir à igreja dizendo: "Há muitos hipócritas na igreja". A fé cris­tã condena a hipocrisia. Todavia, a presença de crentes espúrios não é motivo para se rejeitar a fé cristã. Como a existência de uma nota falsificada não é motivo para al­guém jogar no lixo todo o dinheiro que recebe.

5. A vida cristã tem suas próprias riquezasAnanias e Safira eram seres humanos comuns, como todos nós. E eram crentes em Jesus Cristo. Entendemos seu pecado pois, num período de grande fervor espiritual, é possível alguém co­mover-se profundamente sem, contudo, progredir no cami­nho de verdade, retidão, justiça e pureza. Pode ter certeza quanto àquilo que crê, demonstrar zelo em propagar a fé e ainda fracassar quanto à distinção entre o certo e o errado (cf. Hb 5.11-14; 1 Co 3.1-3). Esta falha, nesse tipo de cren­te, torna-se uma pedra de tropeço para os de fora. A ten­tação que surge em muitos convertidos é permitir que as bênçãos transcendentes e gloriosas sejam procuradas mais do que o viver à altura da Palavra de Deus. Desta maneira sentir-se bem fica sendo sinônimo de praticar o bem.

Um membro contava ao seu pastor sobre a viagem marcada para a Terra Santa. Dizia entusiasticamente que, chegando ali, leria os Dez Mandamentos em voz alta, em pé no monte Sinai. "Não, irmão", disse o pregador com sinceridade. "Aceite meu conselho. Não precisa lê-los em voz alta. Fique em casa e guarde-os". O pregador tinha razão. O sentimentalismo não é substituto da justiça. A vida abençoada e santificada formam uma só vida cristã, com grandes riquezas espirituais, "porque esta é a caridade de Deus que guardemos os seus mandamentos..." (1 Jo 5.3).

6. O pecado estraga os melhores sistemasNa Igreja Primitiva, havia uma esplêndida vida em conjunto. A co­munhão de bens era a expressão de corações inflamados pela comunhão com Deus. Era a demonstração do amor divino que nutriam uns pelos outros. Hoje, o "comunis­mo", nome dado à falsificação feita pelo diabo, finge ter algo a ver com esta vida em comum. Mas é inspirado pelo ódio e não pelo amor. E este ódio é expressado em toda a sua fúria contra tudo quanto é de Deus.

A grande necessidade é a transformação dos corações humanos. Porque é do coração que procedem as coisas que arruínam qualquer sistema de economia. A história bíblica mostra que Israel, pela dureza de coração, não conseguia fazer as leis de Deus atingirem seu alvo.

7. A honestidade é a melhor políticaO pecado de Ananias e Safira não é raridade. Dr. W. B. Riley escreveu: "Ouço mais mentiras com respeito às contribuições que as pessoas dão à igreja do que com respeito a qualquer outro assunto de conversação cristã. Comete-se mais fraude com respeito à proporção da renda que está sendo colocada no altar do Senhor do que em qualquer outro assunto na vida da igreja". Pessoas que vivem com duplicidade e falsidade por fim chegam a uma situação impossível. Seria muito mais fácil serem sinceras. Se empreendessem tanto esforço na fidelidade a Deus quanto dedicam a tramar falsidades, seriam exemplos de santidade! A honestidade é a melhor política em todo o nosso relacionamento com Deus e com os homens.

Bibliografia: M. Pearlman

terça-feira, 6 de março de 2012

Jesus e a religiosidade

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.
Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade."
Mateus 23:25-28


Os religiosos dominavam todo Israel, prevaleciam com a hipocrisia, mentiras e frieza espiritual, trabalhavam noite e dia para afastar as vidas de Jesus, com o fermento da calúnia, difamação e falsidade impregnavam os corações com a apostasia e maldade, a fim de que todos se afastassem de Jesus, com todas as artimanhas e armações malignas, conseguiram deter o Cristo, diante dos olhos de todos a certeza mais uma vez, aqueles iníquos religiosos venciam, religiosos que não se importavam realmente com as coisas de Deus, religiosos que queriam ser servidos e temidos pela aparência e ostentação de uma falsa espiritualidade, porém eles eram tomados comprometidos com o pecado, verdadeiros sepulcros caiados, desajustados, indisciplinados e desviados do propósito de Deus.
"Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco."
João 20:19
O povo que via em Jesus a oportunidade de serem salvos, sarados, ajudados, libertos veem o retornos destes descompensados que dominavam e não podiam ser contrariados, pensavam que finalmente chegaria o fim daquele engano, de tanta profanação e mentira, mas Jesus acaba sendo morto, os discípulos trancados temerosos, aguardam a hora de a qualquer momento serem expostos, parecia que o mal havia guanhado, que os malignos nunca seriam destronados, mas só parecia, pois Jesus ressuscita e levanta os que estavam ligados a Ele com tanto poder, para enfrentar ousadamente a estrutura iníqua da religiosidade e mentira, perceba que Jesus não acaba com aqueles religiosos hipócritas, mas dá poder para os seus se moverem acima da paralisia destes, Jesus em nenhum momento fala que eles deveriam ser temidos, pois é como se fossem nulos em suas iniquidades, os discípulos passariam por cima, como a expressão “pisar os escorpiões” assim ainda que na sua vida, igreja ou bairro o mal tenha se instaurado, a morte espiritual ou depravação esteja impregnada através de religiosos falsos, que só fermentam, só tentam dia e noite encontrar ouvidos e corações para eles destilarem seus venenos, pois querem fingir ser de Deus mas ostentam uma vida comprometida e desleal, saiba que Jesus está vivo e inevitavelmente ele levantará discípulos que lhe são fieis para remover toda sepultura, e sujeira espiritual.
O religioso tem nos lábios as palavras certas, porem pelas ações demonstram que estão muito distante delas.
Não aceite ser mais um hipócrita, que honra a Deus simplesmente com os lábios, mas não o tem em seu coração, mantenha o seu coração puro pois sem santidade ninguém verá o Senhor, tenha uma vida integra, sincera e em plena comunhão, sabendo que o Senhor prevalecerá sobre toda hipocrisia, religiosidade e mentira.

sábado, 20 de junho de 2009

Jesus e os Hipócritas


Jesus desprezava os hipócritas e Sua ira como a tempestade que os castigava. Sua voz era como trovão em seus ouvidos, e Ele os intimidava.

No medo que lhe nutriam, eles tramavam Sua morte; e como toupeiras dentro da terra escura, eles trabalhavam para minar Seus passos. Mas Ele não caía nas ciladas.

Ele ria, pois bem sabia que o espírito não seria zombado, nem apanhado em armadilhas.

Jesus apiedava-se de todos eles. E os teria mesmo erguido até Sua altura, e até carregado seus fardos. e teria convidado sua fraqueza a ase apoiar em seu vigor.

Ele não condenava totalmente o mentiroso, o ladrão ou o assassino, mas condenava antes de tudo os hipócritas, cuja face se esconde atrás da máscara e cuja mão é enluvada.

Muitas vezes ponderei sobre o coração que dá abrigo a todos que vêm do deserto para o Seu santuário, no entanto, está fechado e lacrado para os hipócritas.

Certo dia em que repousávamos com Ele no Jardim das Romãs, eu lhe disse: "Mestre, perdoas e consolas o pecador e todos os fracos e doentes, exceto os hipócritas".

E Ele respondeu: " Escolheste bem tuas palavras quando chamaste os pecadores de fracos e doentes. Eu lhes perdôo sua fraqueza do corpo e sua enfermidade de espírito, pois suas falhas foram-lhes transmitidas por seus ancestrais ou pela cobiça de seu próximo.

"Mas Eu não tolero o hipócrita, pois ele mesmo coloca um jugo sobre o homem simples e submisso.

"Os fracos a quem chamam pecadores são como pássaros jovens e implumes que caem do ninho. O hipócrita é como o abutre que espera o rochedo pela morte de sua presa.

"Os fracos são homens perdidos no deserto . Mas o hipócritas não está perdido . ele conhece o caminho e, todavia, ri entre a areia e o vento."

"Por esse motivo não o recebo"

Assim falou nosso Mestre , e eu não compreendi . Mas agora compreendo.

Então os hipócritas da terra deitaram a mão n'Ele e O julgaram ; com isso consideraram-se justificados. Citaram as Leis de Moisés no sinédrio como prova e evidência contra Ele. E aqules que infringem a lei ao surgir de cada dia , e novamente a infringem ao pôr-do-sol , respondem por Sua morte.


Livro Jesus o Filho do Homem

Autor Khalil Gibran

sábado, 25 de outubro de 2008

Meu calvário


Meu calvário é dor
é acusação de falsários
que movidos pelo horror
de seus corações arruinados
erguem-se contra o fervor
do meu amor tão visionário


Meu calvário é opressor
pois vejo meus adversários
esguichando aversão
aos meus sermões
exacerbados
de justiça e retidão por eles menosprezados

Meu
calvário é aflição
pelos que morrem sem perdão
com o coração de um espantalho
gélido, frio e acomodado
sem emoção ou compaixão, solitário

Meu calvário é comunhão
com aqueles que comigo choram pelo fim da exploração
de menores, de crianças e adultos isolados
rejeitados pela corrupção humana e política
de homens 'eternizados'em sua própria consciência
fétida e imoral
pela ausência do real
pois são pó e cinzas
como qualquer mortal
pobre ou rico
independente da classe social

Meu calvário é clamor
contra a hipocrisia
e toda sorte de farsa humana
e patifaria
do planalto central ás favelas da periferia
onde na ausência do pão
correm atrás de finas iguarias
e sujeitam-se á orgias
por um glamour passageiro
e ostentação vazia

Meu calvário é amargo
pois vejo nele o retrato
do coração sofredor
desamparado
por ser fiel e justo
neste mundo sujo e contaminado
pela ganância e soberba humana
que compra toda á gente insana,
e cega da verdade que é tão pura

Meu calvário é choro
choro desesperado
pelo fim do sofrimento
e do calvário
de milhares de brasileiros
sem pão

sexta-feira, 11 de abril de 2008

quem realmente você é...

Vire o prato
Manassés foi rei de Judá por mais de meio século, de 697 a 642 antes de Cristo. Ele fez, ostensivamente, tudo o que o Senhor reprova. Reconstruiu altares idólatras, praticou feitiçaria, recorreu a médiuns, consultou espíritos, matou tanta gente que “as ruas de Jerusalém ficaram alagadas de sangue” (2 Rs 21.16, NTLH). Chegou a queimar o próprio filho em sacrifício a deuses estranhos. O pior é que Manassés não pecou sozinho: ele desviou o povo de Deus, levando-o a fazer também o que o Senhor reprova. A corrupção foi tão generalizada e ampla que o Senhor lhes disse: “Limparei Jerusalém como se limpa um prato, lavando-o e virando-o de cabeça para baixo” (2 Rs 21.13).

À luz do contexto, limpeza aqui indica o juízo de Deus sobre a cidade, que seria totalmente esvaziada e levada para o exílio na Babilônia depois do prolongado cerco e da tomada de Jerusalém na época de Nabucodonosor, o que ocorreu no ano 586 antes de Cristo.

Mas o texto pode ser aproveitado para falar de limpeza ética (e não étnica), principalmente se trouxermos à lembrança uma das frases de Jesus no discurso contra a hipocrisia: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo” (Mt 23.25-26).

Nesse caso, o texto de 2 Reis reforça o ensino de Jesus: precisamos de uma limpeza tão bem feita, tão completa, tão profunda como aquela que se consegue quando “se esfrega um prato por dentro e por fora” (Bíblia do Peregrino).

A limpeza exterior é muito fácil. Difícil mesmo é a limpeza interior. Preocupamo-nos mais com a aparência e dela cuidamos muito mais, enquanto o interior fica cada vez mais sujo, mais feio e mais malcheiroso. É por isso que o poeta Paul Valéry escreveu: “Os homens se diferenciam pelo que demonstram e se assemelham pelo que são”.

A atitude de não virar o prato de cabeça para baixo nada mais é do que a prática da hipocrisia. O inimigo número um da hipocrisia é Jesus Cristo. Para ele não há pecado mais grave do que a falta de correspondência entre o que mostramos e o que somos. O cristianismo não tolera sepulcros caiados, “bonitos por fora, mas por dentro cheios de ossos e de todo tipo de imundície” (Mt 23.27).
Pecaremos menos se deixarmos o prato sujo por fora, quando por dentro ele estiver imundo!
Ultimato - Edição 298

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

MEU ACRÓSTICO DE NATAL


Nunca mereci o que fizeste por mim
Alma e corpo te tornaste manifestando-se aqui
Todo o olho que te viu, entre os homens pressentiu
Algo grande haveria nesta terra tão sombria
Luz tu és Jesus e as sombras da morte afugentaste.


Nasceste e habitaste entre nós
Afugentando a grande penumbra
Sozinho enfrentaste o mal que sempre nos vencia
Cresceste e te preparaste para o combate final
Entre a vida e a morte na cruz
Unica forma real que havia


O Senhor me perdoou de toda hipocrisia.

Sarou minhas feridas profundas
Acalmou minha alma confusa
Lavou minha mente conturbada
Velou por cada Palavra profetizada
Amparou-me quando eu não conseguia
Deleitou-se em minhas alegrias
Orgulhou-se pelo que eu me tornara
Raquel Fragoso sua filha amada.