VÍCIO | |||
Tu nunca bates no meu pensamento à hora de entrar.
Chegas de repente, invades tudo, e é impossível te expulsar por que então já sou eu que te procuro. Não escolhes momento. É na hora séria ou na hora triste, na hora romântica, ou na hora de tédio por mais que me encontres fechado em mim mesmo entras pelo pensamento, - clara fresta, vulnerável às lembranças do teu desejo. E quando chegas assim, estremeço até regiões ignoradas me levanto, e saio, sonâmbulo, a te buscar a caminhar a esmo... Chegas - como uma crise a um asmático, - e então [preciso de ti como preciso de ar, e tenho a impressão de que se não te alcanço, se não [te encontro, vou morrer, miserável, como um transeunte nas ruas, antes que o socorro chegue para salvá-lo... alcançar-te é um suplício... Teu amor para mim - é humilhante a confissão -Depois que consegues atingir meu pensamento tua posse é uma obsessão, não é amor, é vicio... © JG de Araújo Jorge In Harpa Submersa, 1952 |
Jesus is Lord! Jesus ist der Herr! Jesús es el Señor! Ісуса за Господа ! Seigneur Jésus! Gesù è Signore! พระเยซูทรงเป็นองค์พระผู้เป็นเจ้า! 你 若 口 里 认 耶 稣 为 主 , 心 里 信 神 叫 他 从 死 里 复 活 , 就 必 得 救 。 Vậy nếu miệng ngươi xưng Đức Chúa Jêsus ra và lòng ngươi tin rằng Đức Chúa Trời đã khiến Ngài từ kẻ chết sống lại, thì ngươi sẽ được cứu;
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Dia dos namorados
Para o Dia dos Enamorados
EXPLICAÇÃO | |||
Se me encontrasses aqui sozinho
e me perguntasses o que vivo conjeturando assim triste pensativo... Eu te diria que estou pensando que sem te ter comigo nada existe, e sem poder te amar, não vivo... - Sobrevivo... © JG de Araújo Jorge In Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou, 1965 |
Poemas para os enamorados
EXALTAÇÃO DO AMOR | |||
Sofro, bem sei... Mas se preciso fôr
sofrer mais, mal maior, extraordinário, sofrerei tudo o quanto necessário para a estrêla alcançar... colher a flor... Que seja imenso o sofrimento, e vário! Que eu tenha que lutar com força e ardor! Como um louco talvez, ou um visionário hei de alcançar o amor... com o meu Amor! Nada me impedirá que seja meu se é fogo que em meu peito se acendeu e lavra, e cresce, e me consome o Ser... Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor! Se êsse amor não puder ser meu viver há de ser meu para eu morrer de Amor! © JG de Araújo Jorge In Bazar de Ritmos, 1935 |
J. G. de Araújo Jorge
IMPORTA | |||
Para que tentarmos qualquer explicação?
Sei que te tomarei nos braços como a uma criança e atenderei à súplica de teus olhos... Sei que já agora, depois que chegaste ao coração, seria impossível voltar E para que voltar? Que importa se viemos de longe e se deixamos tanta cousa para trás? Importa é que posso levar-te em meus braços, dobrar a curva adiante, escalar a montanha, para encontrarmos a paisagem nova que será outro mundo... Importa é que nos sentimos como se tudo começasse agora. depois que és minha e eu sou teu, e como se nada tivesse existido antes, nada... nem tu... nem eu... © JG de Araújo Jorge In A SÓS..., 1958 |
J. G. de Araújo Jorge
E o resto é silêncio...
E então ficamos os dois em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra, recolhidos
ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite, dois caminhos
que se juntam
num mesmo caminho...
.
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso, e a quietude tamanha
que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer, depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro
como se estivéssemos sozinhos...
E então ficamos os dois em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra, recolhidos
ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite, dois caminhos
que se juntam
num mesmo caminho...
.
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso, e a quietude tamanha
que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer, depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro
como se estivéssemos sozinhos...
Dia dos namorados
A sós ...
Como duas gaivotas
na solidão do céu,
em pleno mar,
sonhando no ar...
A sós
como duas mãos quando se procuram
e se encontram,
sem voz...
Como eu e tu
quando somos nós
a sós...
J. G. de Araújo Jorge
Como duas gaivotas
na solidão do céu,
em pleno mar,
sonhando no ar...
A sós
como duas mãos quando se procuram
e se encontram,
sem voz...
Como eu e tu
quando somos nós
a sós...
J. G. de Araújo Jorge
Dia dos namorados
Falta de Ar
Há dias que posso passar sem sol, sem luz,
sem pão,
sem tudo enfim...
( Tenho até a impressão de que não preciso de nada...
... nem mesmo de mim...)
Mas há dias, amor... ( e parece mentira)
- nem eu sei explicar o porquê
de tão grande aflição -
em que não posso passar sem Você
um segundo que seja!
- de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja -
- Você é o ar com que respira
meu coração !
J. G. de Araújo Jorge
Há dias que posso passar sem sol, sem luz,
sem pão,
sem tudo enfim...
( Tenho até a impressão de que não preciso de nada...
... nem mesmo de mim...)
Mas há dias, amor... ( e parece mentira)
- nem eu sei explicar o porquê
de tão grande aflição -
em que não posso passar sem Você
um segundo que seja!
- de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja -
- Você é o ar com que respira
meu coração !
J. G. de Araújo Jorge
Ao dia dos enamorados
Canto integral do amor
Cegos os olhos, continuarias de qualquer forma, presente,
surdos os ouvidos, e tua voz seria ainda a minha música,
e eu mudo, ainda assim, seriam tuas as minhas palavras.
surdos os ouvidos, e tua voz seria ainda a minha música,
e eu mudo, ainda assim, seriam tuas as minhas palavras.
Sem pés, te alcançaria a arrastar-me como as águas,
sem braços, te envolveria invisível, como a aragem,
sem sentidos, te sentiria recolhida ao coração como
o rumor do oceano nas grutas e nas conchas.
sem braços, te envolveria invisível, como a aragem,
sem sentidos, te sentiria recolhida ao coração como
o rumor do oceano nas grutas e nas conchas.
Sem coração, circularias como a cor em meu sangue,
e sem corpo, estarias nas formas do pensamento
como o perfume no ar.
e sem corpo, estarias nas formas do pensamento
como o perfume no ar.
E eu morto, ainda assim por certo te encontrarias
no arbusto que tivesse suas raízes em meu ser,
- e a flor que desabrochasse murmuraria teu nome.
no arbusto que tivesse suas raízes em meu ser,
- e a flor que desabrochasse murmuraria teu nome.
Poema de J.G. de Araújo Jorge
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