quinta-feira, 3 de julho de 2008

A perseguição religiosa em pleno século 21


Um em cada 10 cristãos no mundo está sujeito a restrições severas ou vivendo em estado de guerra. E para eles não há sinais de melhora. Pelo contrário: a ofensiva contra a liberdade religiosa, o conflito ideológico e a imposição a outros credos está ganhando força em todo o mundo. Nos dias de hoje, especialmente nas nações livres, a perseguição assume ares tanto explícitos quanto sutis.


Sob o manto da tolerância, o ataque à fé absoluta


As faces mais sutis da perseguição religiosa nas nações livres são revestidas sob o manto da tolerância e da igualdade. Basta observar o que aconteceu no ano passado na maior nação protestante do mundo, os Estados Unidos. Os Gideões Internacionais foram proibidos pela Justiça do Estado de Missouri de distribuir Bíblias a crianças em uma escola de Annapolis.

Alemanha, berço do protestantismo, é um exemplo claro de como a restrição à liberdade religiosa ganhou requintes de modernidade. No ano passado, o pastor luterano Johannes Lerle, de 55 anos, foi condenado a um ano de prisão por ter “incitado a oposição ao aborto durante uma pregação".

Ali também foi lançada, na Feira do Livro de Frankfurt de 2006, a primeira “Bíblia politicamente correta”, que "muda termos como "homens" por "pessoas" e "obedecer a Deus" por "escutar a Deus", entre outros trechos.

Na Espanha, foi incorporada ao currículo escolar uma disciplina de educação e aceitação a diferentes tipos de família e afetividades, incluindo as homossexuais – projeto que também está em estudo para ser implantado no Brasil.

Na Inglaterra, o bispo anglicano de Hereford, Anthony Priddis, foi processado por ter se recusado a empregar um homossexual declarado, depois que lei semelhante a esta que está para ser votada no Senado brasileiro foi aprovada. Na Suécia, o pastor Ake Green foi condenado a um mês de prisão por ter pregado um sermão contra o homossexualismo.

Tolerância agora exige negar que qualquer um tenha fé absoluta. Em nome do relativismo moral e cultural, segundo o qual todo uso, comportamento e costume deve ser respeitado e qualquer opinião e palavra contrária é interpretada como fanatismo, vemos o direito de evangelizar sendo atacado”, explica Johan Companjen presidente da Open Doors International.

De fato, as nações consideradas livres vivem hoje diante do desafio de identificar casos de perseguição e de resistir, a fim de evitar que a abertura de uma pequena brecha possa trazer consigo uma avalanche de imposições restritivas à divulgação da Palavra de Deus.

Novos desafios: Portas Abertas diversifica áreas de atuação
Embora a distribuição de Bíblias tenha sido o centro da atividade missionária durante anos a fio, há cada vez mais solicitações para treinamentos e a organização de retiros para jovens e crianças que vivem sob o aliciamento de guerrilhas. Também há os casos emergenciais, como os abrigos aos ex-muçulmanos ameaçados de morte por causa de sua conversão a Cristo.

Crescem também os pedidos para a defesa dos cristãos presos, o que inclui iniciativas junto aos meios de comunicação para dar visibilidade internacional às violações aos direitos humanos dos cristãos encarcerados, torturados ou mortos por causa da fé (veja em quais países a situação piorou).

Sem contar os casos de ajuda sócioeconômica para aqueles que são discriminados no meio social onde vivem e que por isso não conseguem emprego e muitas vezes têm impedido o acesso à água potável e à ajuda governamental.

Olhar e agir em favor do fortalecimento da Igreja Perseguida de Cristo ao redor do mundo é tarefa de todo o cristão, especialmente entre aqueles onde estão se cumprindo as palavras bíblicas: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Tm 3.12)”.


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