quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Confiar em Deus é preciso


Procurei sua mão estendida e vi
seus braços esguios em volta de Mim
És Deus e Abrigo
és amparo e amigo

Busquei sua voz ecoando
e ouvi sua Palavra falando de um amor sem fim
Eterno Grande Senhor
Ouviste-me

Pensei em tuas obras e projetos
sonhos e trajetos
para minha vida
e senti sua vara e cajado
estendido direcionando-me!

Fica comigo Senhor!

Canto do Renascido


Oh quanto tempo eu andei
buscando ser rei
sem vida e sem grei
vaguei


até que experimentei
teu amor e chorei
pelo que suportei
caminhante e triste


Acode-me
em teus braços
e faça-me
firmar os meus passos
vacilantes

Pois me desfiz do embaraço
e da teia que envolvia -me
o coração inconstante

Encontrei
em Ti
fortaleza
e senti
o que é firmeza
em mim!

Renasci!

O Lamento do soldado em batalha


As palavras me faltam para expressar
a dor da alma que me quer tomar
de angústias e choro os meus dias enfim,
diante dos levantes e fúrias atroz
vejo o inimigo rude e feroz
que se levanta contra mim.


Acordada estou,
tenho um Salvador
que me libertou de lágrimas sem fim

Amigo, Senhor Deus
com imenso Amor preciso de Ti...
ouça meu clamor que grita:
Socorro ajuda-me!

Sem ti Oh meu Senhor,
em destroços querem colocar-me.
Pelo teu favor acode-me
e faz que como a névoa que logo se desfaz
afaste-se de mim a Satanás

Cruel vencido
na cruz por Ti
ruge e levanta-se para me ferir
porém sei bem que não pode agir
Pois o teu poder cobre a minha vida
e tua mão aponta a saída
para minha alma abatida
pelo fragor da sempre guerrida
luta contra as traiçoeiras investidas
que ele me faz

Jesus é a minha paz!

Não Sou Forte Ele é Forte em Mim


Situações nesta vida me fazem sentir,
Que não sou forte, a ponto de até resistir.
Nestes terríveis momentos,
Os maus pensamentos me querem levar,
A um extremo de vida
Que meu equilíbrio se deixa enganar.

Instantes que se prolongam, tentando mudar
Tudo que já se fez novo, pois Cristo mudou.

Tentando, hoje, trazer
o que eu tento esquecer.
Mas, sou vencedor!
E ninguém poderá me deter.

Pois, eu sei que, jamais eu provado serei,
Além do que eu possa suportar.

E se, ainda, eu cair e pensar que é o fim,
Jesus me ergue, e segue junto a mim.

O choro - o que é o choro - melhor chorar ou rir?


O choro é a manifestação profunda da alma em seu extâse de felicidade ou amargura e tristeza profunda.


O choro expõe as perdas e o valor das pessoas na nossa vida, sem barreiras ou timidez:
Gn 45:2 E levantou a voz em choro, de maneira que os egípcios o ouviam e também a casa de Faraó.

O choro pode ser de alegria ou de tristeza:
Ed 3:13 De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as vozes se ouviam de mui longe.

Gritos devido ao fracasso, a violência e a angústia da destruição e violência:
Jr 48:5 Pela subida de Luíte, eles seguem com choro contínuo; na descida de Horonaim, se ouvem gritos angustiosos de ruína.

O choro jorra do coração quebrantado e humilhado diante de Deus:
Ed 10:1 Enquanto Esdras orava e fazia confissão, chorando prostrado diante da Casa de Deus, ajuntou-se a ele de Israel mui grande congregação de homens, de mulheres e de crianças; pois o povo chorava com grande choro.

O choro pode ser proveniente da fúria das ameaças ou injustiças dominantes:
Et 4:3 Em todas as províncias aonde chegava a palavra do rei e a sua lei, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.

O choro cessa, quando a aurora sobrepõe as trevas predominante:
Sl 30:5 Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.

Deus quer enxugar dos olhos dos seus filhos as lágrimas e restaurar o riso e o júbilo:
Is 65:19 E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor.

Deus sempre está disposto a acolher-nos e direcionar-nos por um caminho de paz nos momentos da dor e enquanto as lágrimas transbordam do nosso ser:
Jr 31:9 Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.

Deus quer trazer conforto e também calar a voz do pranto e lamento das nossas almas, ensinando-nos a confiar no Seu grande Poder e Amor:
Jr 31:16 Assim diz o SENHOR: Reprime a tua voz de choro e as lágrimas de teus olhos; porque há recompensa para as tuas obras, diz o SENHOR, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo.

A maior perda de um ser humano é na dor estar distante de Deus, a ausência e distância de Deus traz um maior tormento:
Lm 1:16 Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar as minhas forças; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo.

O arrependimento gera o choro que traz resultados e transformações:
Jl 2:12 Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.

Porém não devemos deixar para chorar tarde demais, não devemos deixar todo o mal nos alcançar para só então acordar:
Ml 2:13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão.

Tarde demais para chorar, pois se preferiste ficar em risos quando era tempo de clamar, e preferiste ficar em festas quando era tempo de buscar:
Mt 2:18 Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, choro e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.

Clame, arrependa-se enquanto há tempo, ore e chore agora para rires depois:
Mt 8:12 Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
Jo 16:22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.

Fim do egoísmo



Temos buscado em Deus soluções e estratégias para sermos bem- sucedidos em nossa carreira cristã, familiar e profissional, especialmente em tempos turbulentos como os de hoje. Freqüentemente oramos: “Oh, Deus! Estamos em apuros, socorre-nos em nossas necessidades. Ajude-nos a avançar e a honrar ao Senhor em nossos compromissos. Ajuda-nos, também, a suprir todas as necessidades ao nosso redor”.

Ao pensar sobre isso, me veio à memória a pergunta do Senhor: “Que tens em mãos?”. Então ele me fez lembrar que quando seus discípulos ficaram espantados com toda aquela multidão no deserto sem comida, ele não proveu algo novo, mas os levou a considerar o que já havia provido e a aplicar pela fé o que tinham em mãos. Isso era um treinamento contra a tendência humana de esperar um milagre do céu sem nossa participação ou de buscar racionalmente uma solução que, humanamente, seria impossível de se obter no momento.

O que temos em mãos hoje? O que Deus proveu hoje? Deus estava treinando seus servos a confiarem plenamente nele e a andarem no campo de sua providência divina, a fim de serem de fato seus cooperadores. Ele também sabe que nossa tendência é apegarmo-nos a coisas visíveis e às que nós mesmos geramos, no campo da lógica, no lugar de depender de sua providência. Somos tendenciosos a não valorizar o que ele já providenciou no momento, pois nossa ótica carnal é totalmente diferente da divina. Ele provê coisas pequenas para operar o milagre da multiplicação, mas sutilmente preferimos as grandes, as que podemos administrar sem ser necessário seu milagre.

Na passagem da multiplicação dos pães (Mt 14.13-21), vemos que Jesus já sabia o que fazer. Ele estava provando seus discípulos. Ele disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”. Como não sabiam o que fazer, foram a Jesus, e Jesus mostrou que a solução era valorizar o que ele já havia provido.

Jesus mandou que suprissem a multidão. Na verdade, estava treinando seus discípulos a serem seus colaboradores. Jesus faria sua parte, abençoando, mas os discípulos teriam de fazer a parte deles, confiando e valorizando o que Deus já havia provido para o momento. Cinco pães e dois peixinhos nada são diante da grande necessidade, é verdade, mas isso quando estão nas mãos dos homens. Quando foram transferidos das mãos deles para as do Mestre, ele ministrou a bênção da multiplicação e todos foram supridos.

Por que somos tão infrutíferos e não saciamos as necessidades dos que estão ao nosso redor? Porque seguramos em nossas mãos o que Deus proveu, e isso gera morte. Pedimos que ele faça milagres, mas nem sempre estamos dispostos a investir nas coisas que já colocou em nossas mãos. Deus somente pode operar quando entregamos em suas mãos o que antes colocou nas nossas. Antes que ele faça um novo milagre, ele quer transformar em vida o que hoje é morte por estar sendo ignorado e seguro em nossa posse.

Com Moisés, Deus manifestou o mesmo princípio. No lugar de clamar a Deus por milagres, ele deveria usar o bastão que estava em suas mãos para abrir o Mar Vermelho. Como disse Martin Luther King: “Esperar que Deus faça tudo enquanto o homem não faz nada não é fé, é superstição”. Impedimos a bênção de Deus quando não valorizamos o que ele já proveu.

Normalmente, somos levados a um de dois extremos: ou lutamos com nossas forças para fazer as coisas, sem depender dele, ou esperamos negligentemente que ele faça tudo, sem nos movermos em nada. Nesses dois extremos, o inimigo sempre nos induzirá a ficar ofendidos por acharmos que Deus não está sendo justo em não nos socorrer; temos a impressão que ele nos desamparou. Mas, na verdade, ele está procurando nos treinar no caminho do companheirismo vivo e eficaz de sermos seus colaboradores, de acordo com seus princípios.

Por que você acha que Deus deve prover nossas necessidades? E o que temos feito com o que ele já nos supriu? Deve ficar claro para nós que a provisão do Senhor sempre anda alinhada ao seu soberano propósito. Deus nos ama, mas quer nos livrar da vida egoísta. Ele nos ama, mas odeia nosso pecado de querer nos relacionar com ele para obter benefícios próprios. Ele nos ama e deseja que o amemos ao ponto de valorizarmos somente o que de fato merece real valor, ou seja, as coisas que estão sustentadas pela verdade e que Deus, nosso provedor, nos destinou. Ele não é tirano e não quer nos manipular, mas também não é irresponsável para suprir-nos ao ponto de nos deixar no caminho dos tolos que amam a vaidade e cultivam a falsa felicidade que conduz à perdição.

O povo de Deus crucificou Jesus, o Messias, porque idealizaram um Messias que correspondesse à vida egoísta e religiosa que levavam. Quantas coisas ele proveu como o melhor para nós e nós as crucificamos? Olhe ao seu redor. O que Deus entregou em suas mãos para colaborar com ele? Com nosso orgulho e ambição facilmente matamos tudo que está ao nosso redor. Não matemos o que Deus nos confiou, mas coloquemo-lo confiantemente nas mãos do Mestre diariamente para que seja transformado em milagre e vida aos que estão ao nosso redor.

Deus escolheu um Davi franzino, e sua família e seu povo o ignoraram. O povo rejeitou Moisés, os profetas, os apóstolos, o próprio Criador. À semelhança da igreja em Corinto, que rejeitou Paulo, o apóstolo que Deus proveu, queremos líderes e irmãos perfeitos, enquanto rejeitamos os que ele nos deu. Com isso, demonstramos o quanto somos rebeldes e não buscamos sujeição a ele nem relacionamento com os santos à maneira de Deus, mas sim anarquia e ambiente para satisfazer nosso egoísmo.

A verdade é que se desejamos de fato construir uma vida cristã saudável, um relacionamento saudável, uma família saudável, um ministério frutífero, teremos de nos acertar diretamente com Deus no tocante a reconhecer e valorizar o que ele colocou em nossas mãos, pois somente administrando adequadamente o que ele nos confiou é que poderemos avançar para coisas maiores. “Quem é fiel no pouco também será no muito e quem é infiel no mínimo também o será no muito.”

Esse é um dos principais motivos por que encontramos cristãos em depressão, isolados, moribundos, divididos com outros, amargurados, porque não valorizam as pessoas que Deus colocou ao seu redor. Esse é o motivo por que também há tantos que buscam se casar e ainda estão solteiros, porque ambicionam alguém perfeito aos seus olhos egoístas e desprezam os que Deus proveu. Esse é um dos motivos por que fracassamos na vida profissional, no ministério, na edificação da igreja e em tantas outras coisas, porque almejamos coisas melhores, em detrimento da vontade de Deus, quando desprezamos o que ele já proveu, as que, quase sempre, são coisas humildes e pequenas aos nossos olhos entenebrecidos.

Que venhamos hoje nos render ao Senhor e procurar honrá-lo, valorizando o que ele já nos proveu e nos arrependendo por menosprezá-lo. Peçamos a ele para nos ajudar a exercitar fé na sua providência divina, transferindo para suas mãos nossos cinco pães e dois peixes e buscando sua bênção de multiplicação em tudo que está ao nosso redor. Valorizemos as pessoas que ele nos deu, os irmãos, a casa, os bens etc., e aí, sim, abriremos caminho para ele ampliar nossas conquistas segundo sua vontade.

Nossa “ambição” deve ser cumprir os propósitos de Deus através de nossas vidas e daquilo que ele colocou em nossas mãos. Essa é nossa missão. Se buscarmos nosso sucesso, virá o fracasso. Se buscarmos cumprir os propósitos de Deus, seremos seus colaboradores, e isso é sucesso e privilégio imerecido. Se andarmos em seus caminhos, ele nos sustentará, mesmo com lutas.
O que Deus colocou em suas mãos?

Escritor: Gerson Lima