segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cristãos presos e torturados



Anistia Internacional lista as formas de torturas comuns na Eritréia

Cristãos são presos em contêineres

ERITRÉIA (11º) - Para os incontáveis prisioneiros políticos e religiosos na Eritréia, este é apenas o começo de mais um ano de angústia, tortura e morte.
Em sua mensagem de ano novo à nação, o presidente Isayas Afeworki novamente ignorou os pedidos internacionais para que fosse colocado um pouco de dignidade humana em sua administração, libertando ou trazendo a julgamento os milhares de prisioneiros de consciência que estão morrendo nas prisões e em contêineres por todo o país. Muitos estão detidos a cerca de 5 e 15 anos por levarem pacificamente suas opiniões religiosas ou políticas. Entre as vítimas estão o patriarca Abune Antonios, chefe da Igreja Ortodoxa da Eritréia, líderes e crentes de muitas outras igrejas; ministros de governo, parlamentares, jornalistas e outros suspeitos simpatizantes de grupos exilados da oposição.
Muitos são mantidos em masmorras ou contêineres de metal sujeitos a queimaduras pela temperatura elevada do sol durante o dia e temperaturas congelantes à noite. Como conseqüência, muitos morrem, ou tornam-se parcialmente ou totalmente paralisados.
O saneamento praticamente não existe. Nem existe tratamento médico para as vítimas torturadas. A Anistia Internacional documentou vários tipos de tortura, incluindo o estupro de prisioneiras jovens, após entrevistar vários refugiados que escaparam do país e buscaram proteção fora. Existem vários métodos de tortura notificados à Anistia Internacional e confirmados por outras entidades de direitos humanos.
O método usado mais comumente é o de amarrar os membros com corda – conhecido como “O helicóptero”.
“O helicóptero”: A vítima é amarrada com uma corda pelas mãos e pelos pés, deitada de bruços, sob sol, chuva ou noites congelantes e desprovida de roupas. Esta punição é feita por um número específico de dias – sendo 55 dias o máximo noticiado na prisão da ilha Dahlak Kebir. O prisioneiro fica amarrado nessa posição por 24 horas ou mais, exceto por duas ou três pausas curtas.
“Otto” (oito em italiano): a vítima é amarrada com as mãos atrás das costas e de bruços, mas sem que as pernas sejam amarradas. “Jesus Cristo”: A pessoa é desprovida de blusa, seus pulsos são amarrados, e permanece em um bloco com as mãos atadas a três hastes: o bloco é removido deixando a vítima com os pés suspensos em uma postura similar à da crucificação. Açoites são infligidos sobre as costas despidas. Esta é considerada uma tortura extremamente severa, geralmente aplicada a cristãos.
Este método foi reportado pela primeira vez na prisão de Adi Abeto em 2003.
“Ferro”: Os pulsos são amarrados atrás das costas com algemas enquanto as vítimas permanecem de bruços. São açoitados com varas ou fios nas costas e nas nádegas.
“Tocha” ou “número oito”: dentro de um quarto especial de tortura, a vítima é amarrada com os pulsos atrás das costas. Uma viga é colocada debaixo dos joelhos suportada por vigas de ambos os lados horizontalmente, então a parte superior do corpo é solta e os pés ficam expostos. As solas dos pés são espancadas com varas ou fios.
“Tortura sexual”: Em adição aos choques elétricos durante os interrogatórios uma garrafa de Coca-Cola cheia de água é amarrada aos testículos.
“Estupro e escravidão sexual”: violência sexual contra recrutas femininas. Algumas das novas recrutas mulheres são selecionadas pelos comandantes para sexo sob coação. É dito que elas são ameaçadas de pesadas imposições militares ou lhes é negado o direito de deixar a casa.
O seguinte é parte de um testemunho gravado pela Anistia Internacional de um recruta do serviço nacional que foi torturado na prisão da Eritréia por suas idéias políticas: “Fui espancado logo no primeiro dia de prisão. O espancamento é uma coisa normal. Eu fui chutado em todas as partes do meu corpo. Depois eu fui amarrado por três dias no método “Otto”. Meus pés foram amarrados, e minhas mãos foram amarradas separadamente atrás das minhas costas. E eu fui colocado nesta posição do lado de fora continuamente por três dias, deitado de bruços, exceto por dois períodos curtos por dia, para comer e para ir ao banheiro... Eu vi também outros amarrados, alguns muito apertados. Eu vi um cujas veias dos braços se romperam e o sangue escorria. Eles apenas o deixaram lá e se esqueceram dele. Quando as veias estouraram, eles o tiraram e então não sabemos o que aconteceu com ele. Algumas vezes as veias inchavam por causa do sol, e estouravam. Este recruta eritreu, cujo nome é mantido em segurança para proteger sua família, acrescentou que ele e seus colegas reclusos viram três outros recrutas serem executados diante de seus olhos. Foi dito a eles pelos oficiais de segurança que as vítimas eram traidores porém não lhes disseram quais as acusações. Disseram que a execução não teve julgamento e que não sabiam quem eram ou o que tinham feito.
"Em virtude destes relatos ore pelos cristãos da Eritréia. Muitos estão presos em contêineres e sendo torturados até a morte para que neguem Jesus Cristo como Salvador de suas vidas.


Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva
Fonte: Awate

Polícia prende cristãos


Polícia prende mais 34 cristãos em invasão a igreja doméstica


ERITRÉIA (11º) - A polícia da Eritréia usou novamente medidas energéticas contra cristãos na semana passada, quando prendeu 34 evangélicos que se reuniam em uma casa para orar e comungar, em Keren.

A invasão policial de quarta-feira passada (28 de maio) tinha como alvo os membros da igreja Berhane Hiwet (Luz da Vida), em Keren, terceira maior cidade da Eritréia, a 200 quilômetros da capital, Asmara.

No total, 24 homens e 10 mulheres foram presos e as crianças deixadas para trás. No dia seguinte, os carcereiros transferiram as 10 mulheres, todas elas casadas, para a penitenciária militar Adi-Abyto.

A invasão em Keren, na semana passada, foi a segunda rodada de prisões ocorrida na Eritréia, onde o regime ditatorial baniu todas as igrejas protestantes independentes da legalidade, em 2002, fechou seus templos e proibiu reuniões em casas.

Tortura e condenação sem julgamento

Cristãos pegos desobedecendo a essas ordens são presos e torturados por semanas, meses e, algumas vezes, anos. Os presos não têm direito a advogados ou ao devido processo legal.

Três dias depois das prisões de 25 cristãos protestantes em Adi-Kuala , no dia 24 de maio, as autoridades policiais transferiram os presos para o Centro de Treinamento Militar Wi’a, onde eles foram submetidos a punições severas.

Testemunhas em Adi-Kuala confirmaram que os policiais bateram nos prisioneiros enquanto os colocavam no caminhão que os levaria para Wi’a na terça-feira, dia 27 de maio.

Acusados de traição

Depois das prisões, uma grande quantidade de denúncias não confirmadas começaram a circular pela capital do país, Asmara, sugerindo que vários pastores protestantes presos há quatro anos - sem nenhuma acusação oficial - seriam logo julgados por traição ( leia mais).

Os líderes da Igreja do Evangelho Pleno, doutor Kifle Gebremeskel e Haile Naizghi, e o pastor Tesfatsion Hagos, da Igreja Evangélica Rema, estão presos desde maio de 2004. O paradeiro deles continua desconhecido e suas famílias e amigos não têm nenhum acesso a eles.

Prisão em massa

Pelo menos 2.000 cristãos eritreus estão presos em cadeias, delegacias de polícia e quartéis militares por causa de suas crenças e práticas religiosas. Alguns estão presos em celas subterrâneas ou contêineres de metal para obrigá-los a negarem sua fé e se aliarem às igrejas cristãs nacionais "históricas".

O governo eritreu reconhece apenas as Igrejas ortodoxa, católica e luterana, além do islamismo, que é a religião de metade da população.

Classificada desde 2004 pelo Departamento de Estado Norte-Americano como um "país que gera uma preocupação especial", por causa das restrições à liberdade religiosa, a Eritréia foi a primeira nação a ser sofrer sanções oficiais do Ato de Liberdade Religiosa de 1998.

O presidente Isaias Afwerki e seu governo negam categoricamente que não exista liberdade religiosa na Eritréia, e insiste que as notícias são baseadas em "alegações falsas, exageros e falsificações sem nenhum embasamento".


Tradução: Priscilla Figueiredo

Fonte: Compass Direct

O número ao lado do país indica a sua posição na classificação de países
por perseguição

http://www.portasabertas.org.br

Cristãos processam polícia por impedí-los de evangleizar


Cristãos processam a polícia por impedi-los de evangelizar

INGLATERRA (*) - Dois evangelistas cristãos foram recentemente ameaçados de detenção por estarem supostamente cometendo o "crime de ódio". Tudo porque evangelizavam em uma área predominantemente muçulmana de Birmingham, na Inglaterra.

Arthur Cunningham, 48 anos, e Joseph Abraham, 65 anos, são americanos que moram há muitos anos no Reino Unido. Eles entraram com uma ação legal contra a polícia de West Midlands, reivindicando que um policial local (cujo nome não foi revelado) infringiu o direito deles de professarem livremente a sua crença.

De acordo com os dois homens, em fevereiro, um policial comunitário disse-lhes que eles estavam em uma área muçulmana e que não era permitida a pregação da mensagem cristã ali. O policial também disse que eles estavam cometendo o crime de ódio por pregar que os jovens deveriam deixar o islã.

Os cristãos também contaram que receberam um alerta: "Vocês foram advertidos. Se voltarem aqui serão espancados, vocês foram bem advertidos."

Imposição da lei islâmica

Robert Spencer é o diretor do Relógio Jihad, um projeto do Centro de Liberdade David Horowitz. Ele acredita que esse seja um exemplo claro da imposição da lei islâmica na Inglaterra.

"Obviamente a lei inglesa não tem nenhuma restrição à evangelização cristã ou ao proselitismo, especialmente entre muçulmanos. Mas a lei islâmica proíbe os cristãos de converter os muçulmanos. Por isso essa é uma imposição de fato da lei islâmica na Inglaterra", afirma Spencer.

Segundo ele, “isso faz parte do movimento de supremacia islâmico que poucos ocidentais entendem". "Trata-se de um impulso para impor a lei islâmica sobre os não-muçulmanos. Nossa sociedade está se concentrando apenas na execução das leis antiterrorismo, mas nós não estamos resistindo a essas iniciativas não violentas deles. E isso significa que eles continuarão avançando", explica Spencer.

Robert Spencer disse ainda que o mais provável é que os dois evangelistas sejam castigados, mas não pelos policiais.


Tradução: Tsuli Narimatsu