Andei em trevas
Terrível dor
Cheguei a experimentar
Desamor
Solidão
Vivia a me angustiar
Até que alguém
Cheio de paz
Ousou confrontar o meu estado
Convidou-me para Buscar
Ao Deus meu Criador
Mesmo sofrendo
Contradizendo
Aceitei como por favor
O convite que me fizeram
Para um culto de Louvor
Entrei ali
E percebi
Que haviam tantas meninas
Lindas a sorrir
Sem precisarem sofrer
Metade do que sofri
E nem pagarem o preço
Que eu pagava para Sentir
um pouco de prazer e alegria
Mas vivia vazia
Sem sentido para existir
Sentei e ouvi a Palavra
Eram frases que
Despiam minha mente
Descreviam minha vida fracassada
Revelava o quanto eu estava doente
Chorei,
Chorei do princípio ao fim
Pois atrás daquela moça orgulhosa
Existia uma dor e frustração enfim
Chegado o fim do culto
Houve então um chamamento
O Pastor havia falado
Daqueles que curvados andam
Com grande fardo e tormento
Sabia que era de mim
Que a Pregação viva falava
Toda minha postura e soberba
Não poderia calar
A voz daquEle que me via enferma
Levantei as mãos
E diante do altar em lágrimas
Cedi,
Cai prostrada
Ajoelhada me entregava
Ao Deus a quem nunca iludi
Mas com verdade denunciava
Todo meu estado degenerativo
E estragado
Hoje sou livre
Livre do fardo
Do peso e amargo
Que prendia-me
Hoje 20 anos se passaram
Sou feliz e
Em alta voz declaro
Como pude viver sem ti
Jesus amo-te!
Autor: Raquel Camargo Fragoso
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