Desde pequeno
Fui forçado
A me apartar dos meus
Queridos e amados
Fui lançado em um cesto
De vime e pelos rios fui levado
Minha irmã de longe
Via o que seria da minha
Pequena vida
Que só Deus poderia salvar
Realmente Deus cuidou de mim
Fui adotado pela filha do rei
E minha mãe de sangue
Amamentou-me
E por toda minha infância
Ensinou-me
O querer do Deus Eterno
Deus Único
Criador do Sol e Lua
Que foram criados
E nunca deveriam ser adorados
Como os egípcios o faziam
Cresci com este sentimento
Tendo conhecimento e acesso
A toda formação e sabedoria egípcia
Mas também eu era contentor
Da verdade Divina
Jeová é o Único Poderoso
Pelas minhas forças
Por um momento
Até tentei lutar pelo meu povo
Que na verdade eram os hebreus
Porém pela minha força
Nada obtive
Senão perseguição
Acusação e Medo
Fui para o deserto
Afinal aquela vida dupla
Não cabia para mim , não
As situações me expeliram
Para ama aparente solidão
Porém quando eu estava solitário
Julgando que aquele seria meu fim
O Deus que meus me apresentaram
Apareceu para mim
Em uma sarça ardente
Falou-me de um projeto grande
Tremi diante do exposto
Pois ia muito além de tudo que eu
Quando estava no reino
Poderia ter proposto
E agora fraco e abatido
Realmente via como impossível
Aquele projeto acontecer
Quando minha força acabou
Meu conhecimento e intelectualidade calou
Deus me propõe:
Quero usar-te, como instrumento meu!
Oh Deus, porque não me chamaste
Na minha mocidade
quando eu tinha forças
E tinha tantas possibilidades
Agora só resta de mim o resto
Que ficou de um passado
De lutas
Não presto senão
Para definhar aqui
No meio do nada
Anônimo
Desgastado
Cansado
Por ter tentado
E fali
Deus não quer me dar ouvidos
Vejo que Ele está decidido
Propõe tomar-me pela mão
Guiar-me
Fazer-me de sua boca
Sobre todo o Egito
Eu acredito que eu vou
Representar o Grande Eu Sou
Mesmo me sentindo um nada
Serei representante
Deste que é Onipotente
Onipresente Celestial
Me levanto e vou
Ao palácio do maior
Império Humano
Que pode-se ver
Diante de Faraó
Ostentando todo poder
E falo do Poder
De quem é maior do que
Sua mente finita pode imaginar
Faraó desacreditado
Insiste em teimar
Em não se posicionar
Conforme a direção
Proposta
E por isso começa
A ver sinais
Nos céus, na terra
Nos rios, nos animais
Em pragas que conforme
A palavra liberada
Começam a se manifestar
Deus o Meu Jeová
Quer libertar
Todo o seu povo
Daquele cativeiro
Que já dura muito tempo
E Ele quis me usar
Foram muitas palavras
Apregoei a todas sem calar
Arão meu irmão
Tudo fazia sem titubear
O cálice transborda
Chega o momento da liberdade
Se cumpre o último sinal
Podemos caminhar
O povo hebreu esta livrado
Do julgo e escravidão
Que Faraó insistia
Em utilizar
Seguimos agora
Pequenos e grandes
Com todas as nossas posses
Vemos diante de nós o mar
Mostra o infinito
Que só Deus pode inspirar
Olhamos para trás
O nosso inimigo cruel
Faraó quer nos atormentar
E corre intentando
Nos matar
Clamo ao meu Deus
Que sem alimentar receios
Determina
Que eu continue a marchar
Não me prostre
Mas avance em direção ao mar
E se não fosse minha admiração
O mar reagiu
Diante da mão do meu Deus
Ele se abriu
E eu passei
Com todo o povo que Deus me deu
Passamos de pés enxutos
Nossos inimigos
Ficaram para trás
Foram engolidos
Vivos
Lembrança eterna
Que guardo
Eu tão pequeno e fraco
Depois que já tinha deixado de ser
Tudo o que o Egito poderia reconhecer
Sou chamado e capacitado
E pela Palavra de Deus
Vejo tudo, tudo mesmo
Acontecer...
Não preciso ser nada
Quando Ele é tudo na minha vida
Não preciso ter forças
Quando Ele é quem me impulsiona a marchar
Somente caminho
Prossigo
E vejo a obra se completar.
Autoria: Raquel Camargo Fragoso
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