Matéria arrancada do ventre da terra
Vem a minhas mãos para ser amassada
obediente
mentalizada
moldada
torneada
formada.
Com as pontas dos dedos
pressiono
pressinto
imagino
rezo
me deifico.
Ela se forma na deformação
indolente
dolentemente
ardilosamente
argilosamente.
E só terá sentido se abandonar a brandura
a ternura
a suave textura
para, dura,
cingir-se em definitiva arquitetura.
Para cumprir teu destino, acrisola-te no fogo.
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